É notório o avanço do SBT na produção de suas novelas infantis. Nesta segunda-feira (03/08), estreou a nova atração da casa, “Cúmplices de um Resgate”, versão de Íris Abravanel para uma novela mexicana, já exibida pelo SBT, em 2002. Na sequência (às 21:50), mais um capítulo da reprise de “Carrossel”, novelinha de 2012-2013. E é gritante a diferença entre as duas, no que tange a produção. Percebe-se o investimento crescente da emissora de Silvio Santos em um público cativo neste segmento, desde 2012: o infantil.
E por se tratar de uma novela infantil, “Cúmplices de um Resgate” veio com um arsenal de novidades a fim de conquistar mais público ainda. Além do apelo musical (a trama tem duas bandas infantojuvenis) – já visto em “Carrossel” e “Chiquititas” –, além da imersão na atualidade (a proposta estética tem referências à linguagem dos computadores, realidade da criança contemporânea), “Cúmplices de um Resgate” traz animais fofos que pensam (outro apelo infantil) e mais externas do que de costume.
Na coletiva de imprensa, Íris Abravanel prometeu abordagens mais adultas, sem fugir do universo infantil, que é o que interessa ao seu principal público. A trama pretende tratar, de uma forma “leve”, a problemática das crianças desaparecidas e a tolerância religiosa. A novela tem um padre e um pastor evangélico e famílias católicas e evangélicas. É o SBT visando abocanhar uma parcela maior de público.
A estreia foi bonita, agradável, ágil, fluiu bem e terminou com um bom gancho: o encontro das meninas gêmeas que não se conheciam, vividas pela ótima e segura Larissa Manoela – que vai ter que se desdobrar para fazer quatro papeis diferentes: Isabela, Manuela, Isabela se passando por Manuela, e Manuela se passando por Isabela. Um clássico do folhetim! Impossível não lembrar de Ruth e Raquel de “Mulheres de Areia”. Ou das protagonistas de “A Usurpadora“.
De acordo com o SBT, os dados prévios no Ibope da Grande São Paulo são 14,4 pontos e pico de 15.